24 de fevereiro de 2010

Ao meu amigo...




Não tenho muitos, mas amo os que tenho. Talvez não devesse dizer o que vou dizer aqui, porém nunca saberei se deveria ter dito se não o disser. O fato é que eu tenho um amigo querido, daqueles que você considera pra caramba, e não gosto de ver o rumo que ele está tomando. Não dou conselhos e não me intrometo na vida de ninguém. Não gosto que se intrometam na minha vida e muito menos que fiquem me dando conselhos. Conselhos são aquelas atitudes que as pessoas tiveram, que não deram certo e que agora querem repassar a você em forma de frustração. Conselho não dou e não quero. Agradeço, mas não quero.

Dessa vez eu preciso falar: liberdade é outra coisa. Liberdade não é levar uma vida desregrada só porque os seus amigos levam. Liberadade não é viver sozinho, badalando e fazendo coisas que você poderá se arrepender depois. Liberdade não é isso. Aliás, liberdade, a meu ver, não tem definição. Cada um define a sua liberdade. O meu sentido de liberdade é completamente diferente do seu e do seu e do fulano. Liberdade é mais do que qualquer outra coisa. Liberdade, pra mim, é sentir-se livre fazendo o que te faz bem.

Portanto, aqui finalizo. Fica bem, se precisar de mim você sabe que eu tô aqui, de braços e coração aberto pra te receber e te dar um abraço bem apertado. Quando você se encontrar vai saber que o sentido de liberdade está em cada um de nós e às vezes perdemos grandes pessoas por medo de acreditar que estamos sendo felizes.


Cabimento






Tem cabimento?

Eu só queria que você coubesse na palma da minha mão ou em todo o meu corpo.
É que eu queria expandir para todos os poros o que eu trago no peito.
Meu coração é puro amor e ele se renova a cada dia.

Todo meu amor ao meu amado Rodrigo!


11 de fevereiro de 2010

Escute o meu silêncio...




Eu não sou de vomitar. Não sei se é físico ou psicológico. Só sei que quando eu regurgito é porque a coisa tá feia. O fato é que eu não gosto, não consigo e quando acontece eu fico meio assustado. É raro. Aconteceu umas três ou quatro vezes. Talvez essa seja a quinta. A quinta vez em vinte e três anos. O motivo dessa? Uma mentira com várias mentirinhas dentro. Tipo um gatinho esperando filhotinhos. E o gatinho pariu. Digamos que eu sou amigo de quem tece as redes do destino. Ele sempre sopra no meu ouvido algumas coisas que eu devo dar atenção. Tem gente que chama de sexto sentido, eu chamo de "faro".

Eu tenho faro, pode até pensar que eu sou cachorro, mas eu tenho faro. Se eu desconfio de algo ou alguém pode saber que boa coisa não vem por aí. E eu sempre desconfiei de algumas pessoas e o meu faro nunca falhou. Graças a Deus! Às vezes eu até preferia não tê-lo, mas logo volto atrás e agradeço por ter esse dom. Para mim é dom, para os que mentem para mim é um grande algoz. E esse algoz é implacável. Ele não descansa enquanto não descobre a verdade. E é involuntário. Eu não preciso fazer muita coisa para descobrir. É tudo bem simples: fica tudo preparado para mim, eu só pego e executo o serviço.

Vou explicar tudo, ok? Eu não tolero mentiras num relacionamento. Em nenhum grau: nem mentirinha, mentira, mentirão, mentirazinha, nada, nenhum tipo eu suporto. E o pior é quando o meu sexto sentido manda eu perguntar se é verdade ou mentira e a resposta é contrária à verdade, ao que deveria ser dito, ao correto a se dizer (ou fazer). Nunca minta para o Diego. Nunca mesmo. Ele não se dá bem com mentiras e muito menos com o tal do perdão. Ele nunca foi bom nisso. A mentira desencadeia uma reação quase que alérgica no Diego. Ele começa a ter náuseas, insônia, não consegue comer direito (come forçado porque sabe que precisa continuar vivo). Dessa vez o Diego até vomitou. Mas o perdão é um velho desconhecido desse cara aqui. Ele não tolera. Nunca tolerou. Ninguém nunca teve uma segunda chance com ele. NUNCA! Ele sempre foi implacável. Dessa vez ele vai tentar. Ele quer tentar e quer confiar que tudo não passou de uma falta de coragem, de hombridade, de dignidade. Ele quer acreditar que foi um desvio, alguma coisa que aconteceu por negligência ou falta de tempo ou vontade de manter o seu status. Status para o Diego é a mesma coisa que nada. Fodam-se (desculpem-me os moralistas de plantão) os números, as quantidades exorbitantes, os excessos. Fodam-se! O Diego é diferente... acho até que ele é de outro planeta.

Números. O Diego não é ligado a números. Para ele tanto faz se ele tem vinte e sete ou sete amigos. O que importa para ele é se esses sete amigos são amigos de verdade, amigos do peito ou colegas de faculdade, de copo, de vida. O importante é que esses amigos não tem liberdade suficiente para te convidar para uma orgia virtual ou de fato, para uma cantadinha boba ou uma cantadona bem séria, não tem liberdade para chamar de gatinho-lindo-meu-bebê-sulista-te-amo-e-tô-com-saudades. O Diego se entrega e leva a sério. Ele respeita e sempre vai respeitar. Ele já sentiu a dor de uma traição batendo forte e socando no peito e ele não deseja essa dor nem para um sapo (que ele detesta), quiçá para uma pessoa que ele tanto ama.

Traição é esconder, omitir, mentir sobre alguma coisa que tenha acontecido. É levar adiante uma situação que poderia ter sido resolvida com atitudes bem simples. A meu ver essas atitudes são simples, mas talvez não seja para todo mundo. Para mim é fácil me desfazer dos laços que me prendiam a determinadas pessoas no passado. Eu vivo o presente. E é ao presente que eu me dedico de corpo e alma. É só isso que eu peço: honestidade. Acima de tudo, honestidade. Quando eu te perguntar quem é fulano, diga quem é o fulano. Não me dê rótulos e muito menos me diga que é seu amigo se o fulano já teve liberdade para falar coisas bem íntimas com você.

Eu vou tentar. Eu estou tentando e só Deus sabe o quanto tem sido difícil para mim. O amor que eu tenho no peito é tão grande que parece que o corte foi bem maior do que se pode imaginar. Está tudo arrebentado aqui dentro e eu estou correndo contra o tempo para tentar me recompor, juntar os pedaços, fazer sumir a sujeira que foi feita aqui dentro. Ah, meu coração! Ele é tão sensível e tem tanto amor. Pode parecer presunçoso da minha parte, mas eu não acredito merecer uma coisa desse tipo. Eu digo "desse tipo" porque é uma coisa banal, uma coisa que seria facilmente eliminada antes de explodir, uma coisa que eu esperava que tivesse sido feita com espontaneidade e logo de cara. Para que fim esperar e manter esse tipo de gente junto a você? Para que fim mentir até o último instante sobre idoneidade de determinada "amizade"?

Tá no Aurélio Digital que eu tenho aqui no computador:

amizade

[Do lat. vulg. *amicitate.]
Substantivo feminino.

1.
Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que não são ligadas por laços de família ou por atração sexual;
2.Estima, simpatia ou camaradagem entre grupos ou entidades;
3.
Vinculação de caráter exclusivamente social.

Viu só? Deu pra entender o sentido da palavra "amizade"?
Amigo é isso aí e o resto não me interessa saber. O resto se joga no lixo e de lá não deve sair.

Enquanto isso eu fico aqui, no meu silêncio ensurdecedor e escandaloso, esperando, torcendo e rezando para toda essa mágoa se dissipar bem rápido. Porque eu sou do bem e gosto de ser assim, por mais que isso me doa às vezes, por mais que isso me faça sofrer, por mais que isso não me deixe agir nas horas em que eu sinto que deva agir. E eu só peço calma... porque eu estou me reconstruindo e isso não acontece da noite para o dia.


2 de fevereiro de 2010

O "meio assim" do acordar de hoje!





Tem dias que você acorda meio querendo sumir. Tem dias que você meio querendo aparecer. Tem dias que você acorda querendo fazer bem e tem dias que uma maldadezinha te faz um pouco mais feliz. Às vezes eu penso que devia ser mais humano, mais constante, mais previsível. Mas logo em seguida eu já me desfaço todo e penso que devo continuar do meu jeitinho. A Xuxa não fez "xuxexo" com seu CAPS ligado e com a filha gravando as "senas" do filme. da feiiurinha? Tá bom, eu não fui alfabetizado em inglês. Mas que diferença faz? Somos todos iguais (apesar da diferença de zeros na conta bancária). Somos um emaranhado de sonhos, coisas, restos, pedaços e imperfeições. Somos seres humanos. Só nós pensamos. E acho que é por pensar que erramos tanto. Falta a doação da entrega completa. Falta se entregar ao mundo e esperar que ele faça da gente o melhor, o que ele quer, o que ele precisa. Contudo, o que acontece é exatamente o contrário: somos nós que sempre queremos mudar o mundo.

Já cansei de ver gente falando que tem que separar o lixo para reciclar e dois segundo depois a pessoa joga um inocente papel de bala na rua. Cadê a coerência entre o falar e o fazer? Cadê o bom senso, meu povo non sense? Cadê a vontade de fazer melhor e mudar o seu mundo. Bota negrito nesse "seu mundo". Bota negrito porque ele também é seu. Você faz parte dele e ele faz parte de você. É uma simbiótica relação de amor e ódio.

Acredite no mundo. Acredite que ele quer o melhor para você. Faça seu mundo valer a pena e, assim, o mundo de todo mundo valerá a pena. Esteja atento para quando o amor chegar, viva cada segundo como se fosse acabar a lata de leite condensado, suspire quando ver o pôr-do-sol, adquira bens memoráveis que te farão falta na velhice, semeie confiança e colha respeito, ame, sinta o respirar das coisas que estão a sua volta, verifique os freios da sua língua, dê uma revisada na sua bagagem cultural, leia um livro, navegue um pouco pela internet e veja que o mundo real te espera de braços abertos e que ele é bonito o suficiente para fazer acelerar o seu coração e te fazer querer sonhar com um futuro melhor. Acredite que o amor vai chegar. Quando ele chegar, dê um abraço apertado nele, coloque no colo, leve pra cama, faça carinho e dê aconchego. Cuide! Não tenho medo, nojo ou outro sentimento que repugne o que você sente. Liberte-se desse mundo ridículo no qual fomos inseridos. Esse mundo de oi-sou-melhor-que-você, esse mundo de oi-tenho-dinheiro-e-não-posso-me-relacionar-com-você. Faça tudo valer a pena. A vida é tão pequena e nos toma tanto tempo. Pegue a vida pelos cabelos, jogue ela na parede, chame ela de gostosa com bastante gosto e faça ela feliz. Faça sua vida feliz. Como diz a minha amiga linda e querida Clarissa Correa: "o que vale é a alma rica!"

Queira amar! Se deliciar! Queira ser feliz!

"E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você. Seja gentil, convide-o para entrar."*


*O trecho entre aspas foi retirado do texto "Essas coisas do coração", de Clarissa Corrêa, de seu blog: http://clarissacorrea.blogspot.com