23 de maio de 2011

Forças e fraquezas








Eu queria escrever um texto triste, que mostrasse toda uma melancolia e um desespero intenso de uma vida que, talvez, ainda não tenha alcançado seu objetivo. Infelizmente, ou felizmente, não tenho coragem de fazer isso. Não tenho coragem de me abrir e dizer certas coisas que eu precisaria dizer caso quisesse ficar um pouco mais leve. Talvez seja esse o motivo dessa minha ausência aqui no blog nesses dezessete dias. Nesses dias muitos textos foram escritos dentro de mim. Muitas frases de impacto, muitos parágrafos, muitas discordâncias e muitas concordâncias, muita vida. Tenho vivido intensamente e de uma forma onde o aprendizado vem se fazendo uma constante. Não tenho nem como contabilizar toda a experiência de vida que acumulei nesse curto período de tempo. E isso é bom, não posso reclamar.


O que eu penso é a seguinte: tristeza rima com poesia. E quem é que não quer poesia? Todo mundo fica se imaginando numa cena paradisíaca num inverno de Paris. Todo mundo fica querendo um mundo melhor e uma cidade mais bonita de se ver. Todo mundo quer te ver rimando tristeza com poesia. Todo mundo te acha forte, irreverente, de bem com a vida e cheio de amigos/amados que fazem de tudo por você. Ledo engano. Nunca vivi esse conto de fadas e também, depois de tantos desencontros, nunca desejei viver dessa forma. Sempre fui do tipo independente, que faz todos os trabalhos escolares com o maior empenho e dedicação (o que durou até a faculdade, resultando numa monografia perfeita, de 150 páginas e uma placa de honra ao mérito), que lava a própria cueca (e todo o resto das próprias roupas), que sabe cozinhar, arrumar a casa, lavar a privada e limpar a sujeira de muita gente por aí. Sou desse tipo: nunca gostei de futebol e nunca soube debater sobre o tema, nunca fui a pessoa que vai apenas balançar a cabeça e dizer "sim, senhor" (eu sempre vou expor a minha opinião, fique certo disso), nunca fui e nunca vou ser a pessoa que todos os babacas querem que eu seja. Eu não vou dizer "sim" para você caso esteja tudo uma merda. Esse não sou eu.


Eu sou aquele se faz de forte, que mostra os dentes e agarra a vida com todas as unhas possíveis, que faz você sentir raiva e, logo em seguida, amor. Eu sou esse, que vai te fazer sentir um turbilhão de emoções em menos de trinta segundos. Mas não me peça para não desanimar. Me desanimo, sim! Fico muito desanimado muitas vezes. Choro lágrimas contidas dentro do meu peito, me desespero, me rasgo inteiro. Esse sou eu. Falo. Falo, falo, falo. Falo merda, faço elogios, te derrubo com um lance de olhar. Mas não coloque maldade nas minhas ações. Não pense em mim como seu inimigo, pois eu não o sou. Sou forte o bastante para reprimir todos os meus desejos mais lindos, mas não me peça para ficar feliz quando você pensa que eu sou o mais cruel dentre todos os seres vivos. Crueldade é uma palavra que não cabe na minha cabeceira. 


Não quero prioridades ou regalias, tudo o que eu te peço aqui, meus caros amigos, é o seguinte: não interpretem o que eu digo como se fosse um apedrejamento. Não transformem minhas palavras em navalhadas profundas e doloridas. Não me machuquem. Não façam de mim o crucificado que vocês precisam para continuar vivendo. Não sou a sua fortaleza, não sou o exemplo a ser seguido, não sou isso tudo que vocês querem que eu seja. Eu sou apenas um eu que quer ser feliz, numa casinha pequena e bonita, com o amor da minha vida, minha plantação de pimentas, meus Sansão e minha Mulher Maravilha. Quero minha família feliz e orgulhosa de mim. Quero tudo o que eu já tenho e um pouquinho mais, porém de um jeitinho todo meu e bem mais colorido. Eu quero ser realmente livre de qualquer obrigação existencial que parta do princípio da perfeição. Eu não sou perfeito e você também não é. Como diria minha amiga Déborah Hernandes: "na vida, carregamos nossas qualidades num saco à nossa frente e nossos defeitos em outro saco às nossas costas. Em fila indiana, você só vê meus defeitos". Acredito que tem muita gente precisando olhar bem de frente para mim antes de tirar qualquer conclusão. Isso sim é respeito.








Existe um Judas dentro de cada um de nós. 
Sem ele não teríamos a exata noção do que signifca o amor
que trazemos no peito, que é Jesus Cristo.
Faça como Ele, perdoe o seu Judas! 










Esse texto jogou pra página seguinte um texto que foi muito importante para mim.
Só pra eu não me esquecer dele, tem o link aqui!




Update: eu não tinha me dado conta da data, mas 23 de maio é um dia incomum e muito especial na minha vida. Só pra registrar.

 

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