16 de abril de 2010

Estante





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Se tem uma coisa que impressiona e dá medo em muita gente é o medo de envelhecer. O medo de conseguir um bom emprego quando se está velho (ou pensa que está), o medo de não ser reconhecido e valorizado por isso, o medo de ter medo da situação. Eu penso diferente: acredito que envelhecer é uma questão de sentimento. Só envelhecemos quando deixamos o medo nos impedir de fazer alguma coisa que gostaríamos de fazer e não fazemos porque temos vinte ou trinta ou quarenta ou cinquenta ou sessenta e por aí vão os anos. Envelhecer é perder o brilho, deixar que a essência se perca no meio do caminho, é acreditar que temos limitações.

Limitação é uma palavra que não existe no meu dicionário. No meu dicionário a palavra 'superação' vem antes de qualquer vocábulo. Nossos sonhos não podem ficar na estante que criamos em nossos corações. Devemos sempre despertar para o mundo. Viver é vencer a vida passo a passo, lentamente, em doses homeopáticas e, ao mesmo tempo, cavalares. Miseravelmente viveremos uns mil anos a mais a partir do momento em que assumirmos um fiel compromisso de seguir à risca a cartilha da felicidade. O problema é que felicidade demais dá medo. A gente começa a pensar que não é verdade, que não merece tudo aquilo, que não vai dar certo, que vai enjoar, que vai querer viver e blá blá blá. Mas quem é que disse que você não vai viver? Quem é que disse que só porque você fez isso ou aquilo você não está vivendo? Quem?

O nosso grande problema é exatamente esse: dar ouvidos a quem não sabe sobre a pessoa que vive dentro de cada um de nós. Quem tem que saber o que é melhor pra mim sou eu mesmo. Não quero viver da frustração alheia. Não nasci pra isso. Aliás, quando nasci fui destinado a vencer os segundos, os minutos, as horas, os dias e os anos. Fui destinado a ser feliz usando as minhas próprias mãos. Fui destinado a sonhar e a acreditar que o meu sonho já é realidade pelo simples fato de que é meu e que, sendo meu, é possível de ser realizado. Ninguém nunca realizará seus sonhos por você. Pode parar com essa crise de Alladin e o gênio da lâmpada. Você é responsável por todos os seus atos, sejam eles derrotas ou vitórias. Não venha me dizer que você não é feliz porque fulano ou sicrano te impediram. Não venha mesmo. Se vier, você vai ouvir da minha boca o seguinte: cresça, amadureça, construa sua casa num terreno plano e viva sua vida, porque ela é o seu bem mais precioso.

Deixe na estante apenas os seus livros e revistas e os enfeites que você quiser. Na estante do seu coração deixe sempre um grande espaço a ser conquistado. A vida é uma vitória e não compensa ficar correndo atrás do que passou. Devagar também é pressa e a vida urge dentro dos nossos ouvidos. Ela urge com um silêncio que faz você ouvir a voz do seu coração e acreditar que pessoas que lutam pelos seus sonhos são completamente felizes por ser quem são. A vida é uma dádiva e o coração tem muitas saídas caso você se perca em dos caminhos.





Um beijo pra quem me faz encontrar todos os caminhos.





Pois bem,
a trilha sonora deste post chama-se 'Hate On Me'. É da série Glee, a sensação do momento, e eu vou começar a assistir nesse fim de semana junto com o meu amor. Tem uma letra bem legal. Vale a pena pesquisar.

Recadinho pro meu amigo e leitor assíduo Paullo Mendes, que tanto me cobrou um texto essa semana: a inspiração é caprichosa, só aparece quando quer. Gostou do texto, amigo?

Ahh, um beijo especial também paras as minhas leitoras carinhosas que sempre me indicam no Twitter: @keligrazieli e a @bubraun. Muito obrigado pela força, meninas!

Aos demais leitores, sintam-se representados pelos três leitores citados acima ou então comente bastante aqui no blog e no Twitter pra eu poder saber quem são vocês e, da mesma forma, agradecer a vocês também.





Abraço a todos!






Um comentário:

  1. Adorei mais uma vez o seu texto amigo.Quando sempre preciso eu venho aqui e renovo minhas forças nos seus textos. Abraços !!!

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