28 de janeiro de 2011

Diferenças, ambiguidades e acidentes de percurso







Respeitar as diferenças, fazer diferente, buscar o melhor sempre e blá blá blá. Falar sobre essas coisas parece tarefa muito simples quando colocamos num pedacinho de papel ou num lembrete da agenda ou numa nota do celular, quero ver é colocar tudo isso em prática nesse novo ano que estamos construindo dia após dia. O ano começa, as pessoas queimam milhões de fogos de artifícios, fazem promessas, juras, comem sementes estranhas, pulam algumas ondas, bebem, jogam, comem, gritam e fingem que nada de ruim está acontecendo no mundo enquanto eles comemoram o tal do ano novo. Tá! E aí? O que você vai fazer de realmente bom por você? O que isso trará de benefícios para o mundo?


Não sou o dono da verdade e nem tampouco faço tanto bem pelas pessoas. Até procuro fazer o melhor para mim e para os que estão a minha volta, mas creio que isso não é suficiente. É legal fazer o bem, adotar gatinhos órfãos e comer menos gordura trans, mas quem é que faz isso realmente de coração puro? Tem que ser assim pra valer a pena. Tem que ser diferente. Fazer de conta que não existe fome ou sede no mundo não nos garante um lugar no céu. Fechar os olhos perante as injustiças também não fazem de mim uma pessoa melhor. Detesto injustiça. Não consigo ser injusto. Graças a Deus!


A vida é tão cheia de altos e baixos quanto de escalas geométricas em que vemos sol e lua brincando de esconde-esconde. Sim, eu sei que parece que eu não disse nada com nada aí em cima, mas isso não é verdade. Quer ver? Um dia você está do outro lado do mundo querendo que o tempo passe correndo para que você possa chegar lá. Noutro dia, você, que já está do outro lado do mundo, quer voltar para o seu lugar de origem. A vida é tão assim que às vezes me assusta. É ótimo conhecer lugares diferentes, ver pessoas diferentes e estar inserido em outra cultura, mas é melhor ainda voltar para casa e encontrar o seu velho travesseiro, seu banheiro organizadinho e cheio do seu toque, sua cama bem feita e onde ninguém fica rolando pra lá e pra cá, seu varal de pendurar roupas onde a empregada não mexe. Ai é tão bom que não sei nem explicar.


E se eu quiser lutar? E se eu quiser continuar? E se eu quiser ser eu mesmo? O que você faria? Eu continuo e sigo em frente sem olhar para trás. O futuro é algo traiçoeiro. Vivemos esperando que ele aconteça e nos esquecemos do presente, que é o próprio futuro que, no dia seguinte, será o passado. Vivemos esperando pelo “algo de melhor” que nos acontecerá no futuro e esquecemos de construir o nosso presente. Aliás, parem. Parem por aqui. Parem de viver como se tivessem a obrigação de viver um presente maravilhoso para que não existam dores e rancores no passado e para que o futuro seja maravilhoso e com cheirinho de chiclete. Isso é ilusão. A vida é uma só e todo mundo já está cansado de saber isso. Viva como se tudo não estivesse fazendo sentido. Viva e sorria, mesmo quando tudo te parecer sair dos eixos. Os eixos foram estabelecidos e seguidos desde sempre. Se você não aceita algum deles, faça os seus. Que os seus eixos sejam a chave-mestra de toda a sua felicidade. Seja correto e digno e faça acontecer. Você é o autor de sua própria história. Mude o seu mundo. Mude o meu mundo. VIVA!






Uma citação interessante para vocês:

"Não vejo pessoalmente qualquer motivo para criticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, bissexuais e assexuais  a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impediria certo número de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (...)"


Chico Xavier, um homem bem a frente de todos os tempos.






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