3 de março de 2010

Sobre cuidados...





Eu sempre quis ter um irmão mais velho. Sei lá, coisas de libriano que gosta de ser protegido e paparicado. Nunca fui nenhuma das alternativas anteriores. Não fui o neto preferido, nem o sobrinho mais amado, nunca fui paparicado, nem presentes decentes eu ganhava nos meus aniversários. Daí ganhei um irmãozinho. Pelo menos o nome da criança eu pude escolher, né!

Com ele fui bandido, mocinho, pirata, piloto, motorista de caminhão, palhaço, empurrador de carrinho (aqueles de pedal). Fui criança e ao mesmo tempo adulto. Senti na pele a responsabilidade de cuidar de uma criança, de trocar fraldas (de pano, ok!), de dar comida, de corrigir os erros e acobertar alguns deslizes infantis, tais como jogar pedra em ônibus e outras travessuras. Fui isso e muito mais.

Fui tudo o que uma diferença de sete anos me permitiu ser. Hoje já não sou mais um monte de coisas que eu já fui, mas sou um monte de coisas que eu nunca fui. Não fui pai do meu irmão. Pai nós sempre tivemos e ele (sempre) foi o queridinho dele. Eu sou o queridinho da mamãe. Isso nunca foi problema e nenhum de nós precisou disfarçar alguma coisa. Mas hoje é o dia dele. O menino que eu carreguei no colo até certa altura hoje é mais alto que eu, gosta de rock, de presunto e ketchup, é alucinado pelo Botafogo e pelo Foo Fighters e adora me irritar.

Parabéns, Thiago!


Best of you - Foo Fighters


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