12 de março de 2010

Hoje cedo eu chorei






E chorei de felicidade. Sei lá o que me aconteceu. Eu dormi bem, acordei melhor ainda, me vesti e me perfumei como se fosse um dia especial. E na verdade está sendo. Na verdade mesmo, todos os dias são especiais. Pode ser que eles sejam nublados ou cinzentos, mas fazem parte do que nós somos hoje, amanhã e sempre. Temos os nossos dias nublados, mas somos radiantes quando o sol nasce em nossos corações. A vida é um eterno recomeçar. Você olha a sua volta e vê que tudo precisa ser construído novamente, mesmo que você pense que está continuando a fazer. A realidade é que você está construindo seu ambiente e, com isso, construindo a si mesmo.

Tomei um café-da-manhã com banana, pão, queijo mineiro e café bem doce (do jeito que eu gosto) e vim trabalhar. Liguei o rádio e fui ouvir a trilha sonora do filme Mamma Mia! que o meu amor salvou no pen drive ontem a noite. Cada música me fazendo lembrar do filme e relacionando com as coisas da minha vida e eu chorei. Ahh, é bom chorar quando se tem alegria e um coração cheio de amor. Mamma Mia! - a música - me fez lembrar de tanta coisa boa, da minha mãe, do que já passamos juntos, turbulências, alegrias, momentos de perder o fôlego de tanto rir e de tanto chorar também. A música Lay All Your Love On Me
- que o Sky canta pra Sophie - me fez lembrar do meu Rodrigo (que é meu, sim! rs...) e me fez ter mais certeza de que o amor é o nosso maior tesouro e que devemos conservar e cultivá-lo com as mais nobres gotas de todo bom sentimento. A música Dancing Queen é a consumação da vida como uma rainha dançante, que encanta a todos com o seu mistério. É a liberação da alegria em forma de êxtase puro. É vida pulsando em todas as gotas de sangue. E foi nessa música que eu me encantei com uma coisa que aconteceu hoje.

Tava tocando Dancing Queen e eu parei no cruzamento que me traz até o meu trabalho para dar passagem a uma mãe com duas crianças - um menininho e uma menininha. Pobres financeiramente, mas com uma alma bem rica. E como o que vale é a alma rica, o menino me mostrou que isso é a maior das verdades. Ele olhou pra mim e eu sorri com a boca e com todos os músculos do meu corpo. Os olhos sorriam para ele, tudo sorria para ele. E ele deu o sorriso mais lindo que eu já vi. Um sorriso descompromissado de quem retribui sem culpa a gentileza. Um sorriso puro de quem fala com o corpo e com a alma. Um sorriso que me mostrou que tudo vale a pena e que existem pessoas boas nesse mundão de meu Deus. O menininho sorriu e seguiu seu caminho até a escola e eu continuei meu trajeto.

Às vezes exigimos demais de quem nos oferece o de menos. Às vezes tentamos, ousamos, rompemos limites e fronteiras para agradar a quem não quer ser agradado, a quem não precisa ser agradado, a quem não sente falta de carinho. Pelo menos é o que parece. A vida é uma estrada de mão dupla: há momentos em que damos o primeiro passo e os que esperamos ser tocados pelo outro. Há momentos na vida em que tudo o que queremos é sentir o amor da forma como acreditamos que ele seja - intenso. Muitas vezes queremos demais, sonhamos demais, idealizamos demais. Nessas muitas vezes, precisamos deixar de lado o medo e arriscar uma vida nova, uma vida em que você não precise fazer tudo sozinho, em que você não precise tomar a iniciativa sempre, uma vida em que você possa saber que tem alguém ali para te ajudar, apoiar, fazer valer a pena.


Agradeço ao meu Rodrigo por me trazer esse filme!


Mamma mia, here I go again!
My my, how can I resist you?




Um comentário:

  1. Sempre, sempre: o que vale é a alma rica! Beijos, amei!

    ResponderExcluir

Deu vontade de falar alguma coisa? Então FALE!